Notícias

Médicos reforçam males do cigarro eletrônico enquanto Anvisa decide se mantém proibição das vendas.

11/05/2022 às 10:31 | Autor: Redaçao

Associação Médica Brasileira (AMB) está empenhada em demonstrar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o alto grau de comprometimento da saúde provocado pelo cigarro eletrônico.

A agência de saúde brasileira deve decidir, até o fim do ano, se mantém a proibição para importação e venda desse produto no Brasil. Outras entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia também se unem em torno da proibição do comércio de cigarros eletrônicos.

Os profissionais alertam para os graves danos que o Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF) causa: como irritação brônquica, inflamação nos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica, e eventos cardiovasculares agudos. Aristóteles Alencar, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explicou que os cigarros eletrônicos produzem partículas ultrafinas que ultrapassam a barreira dos alvéolos do pulmão e caem na corrente sanguínea, provocando a inflamação.

Daí, podem surgir casos de infarto ou angina, que é a síndrome coronariana aguda.

O chamado vaper – nome dado ao DEF pelos fabricantes – contém inúmeras substâncias nocivas e cancerígenas: nicotina, propilenoglicol, glicerol, que provocam irritação crônica. Além de acetona, formaldeído, e metais pesados, como níquel, chumbo, cádmo, ferro, sódio e alumínio. Fora isso, recebem aditivos para sabor e aroma, como tabaco, mentol, chocolate, café e álcool.

Os profissionais de saúde também alertam para a propaganda falsa de que o cigarro eletrônico é mais saudável que o convencional.

Segundo eles, nos países que liberaram o produto, tem crescido o número de casos de doenças cardiovasculares abaixo dos 50 anos, possivelmente, pelos efeitos mais rápidos desse produto sobre o organismo.

O cigarro convencional leva 20 ou 30 anos para manifestar doenças no usuário, enquanto o eletrônico mostra a agressividade mais rapidamente.